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Série MUSICA DE FRONTEIRA 2ª edição

 

Sesc 24 de Maio anuncia série de bate-papos ao vivo dedicados à música de fronteira


Evento virtual tem participação de Renato Borghetti, Daniel Drexler, Mariana Baraj e mais 15 nomes da música latino-americana


Desde que a pandemia de Covid-19 forçou o cancelamento de atividades culturais presenciais, o Sesc São Paulo mantém uma programação ativa nas redes sociais. Espetáculos, oficinas, webséries e debates ocupam os canais virtuais, atraindo milhares de expectadores. Após apresentar um ciclo de debates sobre música indígena e uma sequência de bate-papos sobre discos célebres da MPB, a unidade 24 de Maio traz a segunda edição da série “Música de Fronteira”, dedicada ao intercâmbio da brasilidade com a latinidade.  

Na primeira edição, em 2019, o encontro contou com shows do gaúcho Vitor Ramil, autor do ensaio “A estética do frio” e músico atuante na fronteira Brasil-Uruguai e da sul-mato-grossense Tetê Espíndola, com repertório fundado na fusão com os ritmos do Paraguai. Benjamim Taubkin, músico e pesquisador das culturas das Américas, conduziu uma discussão sobre música latino-americana após os concertos. Em 2021, ano em que se comemoram os 30 anos do Mercosul, a série alcança outros públicos e busca formar uma plateia capaz de degustar a sonoridade fronteiriça, da guarânia à milonga-canção. 
 
Os encontros serão realizados ao vivo no YouTube e Facebook do Sesc 24 de Maio a partir de 29 de julho e começam com um bate-papo sobre geografia e canção entre os professores Sérgio Molina (Instituto Carlos Gomes de Belém e Faculdade Santa Marcelina de São Paulo) e Lucas Panitz (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). A aula inaugural avalia as tensões culturais latino-americanas através da música numa análise sobre texto, contexto e a influência da paisagem na produção das noções de identidades. Os desdobramentos desta conversa também se refletem no bate-papo ao vivo com Renato Borghetti, Daniel Drexler e Tó Brandioleone, mediado pela cantora curitibana Juliana Cortes. Neste encontro, a música dos países de fronteira está em debate a partir de uma perspectiva da música instrumental, da música cantada e do diálogo com os ritmos brasileiros. 
 
Os tambores latinos, as matizes e a ancestralidade africana são discutidas em encontro com percussionistas. Do lado brasileiro, o pesquisador José Batista, especialista em tambor sopapo, encontrado no extremo sul do país. Do lado argentino, a cantora e percussionista Mariana Baraj, com um olhar atento ao bumbo leguero, um dos principais instrumentos da cultura andina. O percussionista Vina Lacerda, especialista em pandeiro e cajón peruano, é mediador deste encontro. 
 
Entre os convidados Hermanos estão Baraj, o duo Las Añez, formado pelas gêmeas colombianas Valentina e Suale Añez, e do cantor e compositor uruguaio Daniel Drexler, criador do termo templadismo, numa tentativa de explicar os movimentos culturais “sub-tropicalistas” entre artistas de fronteira sul. A turma argentina, formada pelos instrumentistas Martín Sued (bandoneon) e Ignácio Varchausky (contrabaixo), se concentra no bate-papo ao vivo dedicado ao tango, numa homenagem ao centenário Astor Piazzolla, conduzida pelo músico e jornalista Arthur de Faria, um dos principais conhecedores do compositor, símbolo da cultura argentina.
 
A produção contemporânea e o intercâmbio das artes são temas das mesas sobre audiovisual e circuitos musicais. O bate-papo sobre documentários conta com a presença dos diretores Pablo Francischelli, do recém-lançado filme “Dois Tempos” com Yamandu Costa e Lucio Yanel, e Thaís Fernandes, do documentário “Portuñol”, que registra as variações da língua nas três principais cidades de fronteira do Brasil: Chuí (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá (MS). O arco temático da série termina com um encontro sobre novos agentes para a música latino-americana. O encontro será conduzido pelo jornalista Miguel Arcanjo e tem a presença do duo Las Añez e de Ian Ramil. 
 
Com uma infinita combinação de assuntos, a segunda edição da série Música de Fronteira abraça eixos da música de fronteira nos dias de hoje construindo um novo mapa identitário para nós, latino-americanos. O público poderá interagir com as/os participantes nos comentários do Facebook e no Chat do canal do Youtube do Sesc 24 de Maio.

 

Realização: Sesc 24 de Maio

Produção: Invento e Mapa Produ(c)tora
 

Confira a programação completa: 
 
29 de julho | 19h30 - Por uma geografia da música: identidades, territórios e canção - com Sérgio Molina e Lucas Panitz
A América Latina, formada por 13 países, pode também ser compreendida como um continente de fronteiras invisíveis, onde pulsa uma cultura agregadora, originária da diversidade dos povos. Essas particularidades são muito mais um fator de aproximação do que de distanciamento. Ao estudarmos determinados aspectos de cada gênero musical, por exemplo, aumentando o zoom de nossa análise, podemos encontrar uma matriz única que atravessa a obra tanto na melodia quanto no ritmo e na poética. Em 2021, ano em que se comemora 30 anos do Mercosul, os enlaces entre latinidades e brasilidades interagem de forma contínua nas artes. Neste bate-papo, os professores Sérgio Molina (FASM/SP) e Lucas Panitz (UFRGS), colocam a música como centro para uma discussão sobre produção de identidades. 
 
30 de julho | 19h30 - A percussão nas Américas: o som do tambor - com Vina Lacerda, Mariana Baraj e José Batista
Como continente, compartilhamos de muitas influências culturais, como a forte cultura africana sobre as nossas raízes musicais. Este bate-papo discute a presença dos tambores nas Américas, seu trajeto da música folclórica à música dos dias de hoje e a relação da voz com os instrumentos de percussão. Como convidados, Jorge Batista, especialista em tambor sopapo e Mariana Baraj, artista e pesquisadora do bumbo leguero e ritmos argentinos. Na mediação, o pesquisador e instrumentista Vina Lacerda, idealizador do Festival Internacional de Percussão de Curitiba. 
 
5 de agosto | 19h30 - O livre trânsito para produção de filmes, discos e séries de TV - com Fernanda Stica Thaís Fernandes e Pablo Francischelli
Bate-papo sobre a crescente produção audiovisual latino-americana cuja temática é a música. Documentários, séries de TV, discos e filmes são os pontos centrais para esta discussão sobre mercado, que comenta o trajeto de alguns intercâmbios culturais e projeta para o futuro cinematográfico – especialmente documental – das artes. A jornalista Fernanda Stica recebe Thais Fernandes, diretora do documentário Portuñol, e Pablo Francischelli, diretor do documentário Dois Tempos, estrelado por Lucio Yanel e Yamandu Costa. 
 
6 de agosto | 19h30 - A conversa da canção brasileira com as fronteiras - com Daniel Drexler, Juliana Cortes, Renato Borghetti, e Tó Brandileone
Um diálogo sobre a música em trânsito entre Brasil e países da fronteira: fusão de gêneros musicais, cooperações entre artistas, sínteses e processamentos de linguagem, canção e performance. No bate-papo, um pouco sobre a milonga-canção e a milonga-instrumental com seus acentos rítmicos, melódicos e a fusão com a música popular brasileira. 
 
12 de agosto | 19h30  - A história do tango: especial centenário Astor Piazzola - com Arthur de Faria, Ignacio Varchausky e Martín Sued 
Em 2021, comemora-se o centenário de um dos nomes mais importantes do tango: Astor Piazzolla. O célebre compositor fez história na música argentina desde a montagem de sua primeira orquestra em 1946 – início do primeiro mandato de Perón – até 1992, ano de sua morte. Este encontro revela uma parte da história do tango: seus acentos rítmicos e melódicos, formações instrumentais e problemáticas sociais através de um olhar sobre seu maior compositor. 
 
13 de agosto | 19h30 - Música sem fronteiras: novas vozes - com Miguel Arcanjo, Ian Ramil e duo Las Añez
Identidade e pluralidade. Somos vizinhos, mas não falamos o mesmo idioma. Apesar disso, temos compartilhado a mesma língua nas trocas culturais. Neste encontro, o jornalista Miguel Arcanjo recebe o gaúcho Ian Ramil e as colombianas Juanita e Valentina Áñez (Duo Las Añez) para um bate-papo sobre circuitos culturais para a música latino-americana, produções de discos e montagens de espetáculos. Um intercâmbio de experiências que aponta os novos eixos para os artistas dos dias de hoje. 

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